Dois corpos quentes, dois corações acalentados, duas vidas fluindo pela limpidez de um etrecruzamento de olhares e fôlegos.
Como alguém pode achar isso errado?
Como alguém tem a coragem de dizer que isso acarreta algum mal?
É inconcebível compreender.
sábado, 30 de julho de 2011
quarta-feira, 20 de julho de 2011
terça-feira, 19 de julho de 2011
sexta-feira, 15 de julho de 2011
Eu te amo que quando estou com você é como se eu estivesse sozinha. Te amo que não tenho pudor.
Tenho medo mas é bom. Tenho medo mas sei. Saber é bom. Ter vontade de querer saber é melhor. Querer é o inesgotável.
Ter para onde direcionar o pensamento. Sem pensar e o olhar ir para lá, o sorriso ir para lá, o suspiro ir para lá - e ser lá exatamente para onde ele pode ir.
Recíproca. É o medo do desequilíbrio que trava. A oleosidade que é tanta. É fluida como o choro. Fluida e aromática.
Supreender-se pela manutenção, não pela quebra. Surpreender-se, mas com naturalidade.
Uma não-rotina cotidiana. Que. Que pulsa.
quinta-feira, 14 de julho de 2011
O que acontece é que a civilização - substantivo diretamente derivado do verbo civilizar - nos incutiu a crença intrínseca na vida como valor absoluto - em alguns de nós, não posso generalizar. A vida em sociedade nos domou, nos adocicou, nos tornou uns covardes e uns fracos. Fomos criados longe da morte, temos medo da morte, somos frágeis e choramos. Ao mesmo tempo, entretanto, essa chamada civilização instituiu uma lógica mortífera totalmente desligada da funcionalidade, o que a torna horrendamente mais sanguinária que a morte no mundo natural. Na sociedade não se mata para comer, não se mata para sobreviver, se assassina, se destroça, por nada, pelo puro ímpeto lógico de inserção social - ou destaque social - pela marginalidade. Qual é o sentido desse duplo paradoxal que só faz aumentar a distância entre o normal e o anormal?! É a destruição de um contínuo cíclico em prol da inserção de uma lógica extremista de gumes opostos. É por isso que viver é tão difícil, é por isso que somos todos individualistas, que somos todos alienados, todos rudes. Somos todos loucos.
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