Eu queria não ser tão suscetível à ação do tempo: falo da maleabilidade psicológica sobre a qual o tempo tem o costume agir sadicamente. Hoje isto, amanhã já não tão isto, e depois, quem sabe, aquilo.
Por que não isto hoje, isto amanhã e isto depois, uma vez que, já tendo-se refletido muito e tendo-se decidido por isto, isto se configura como a melhor das opções? Por que o tempo cria a ilusão de que o aquilo é o melhor, para colocar novamente o embate mental estafante já experimentado? Só por diversão?
Só porque não se pode parar de pensar e, para isso, deve-se ocupar a mente. Invariavelmente, por esvaziar, de maneira proporcional, o coração.